No
cenário cinematográfico o cinema espanhol vem se destacando por
meio de várias obras que ganharam notoriedade. No ano de 2017 foi a
vez do filme “Contratiempo”, o qual se encontra disponível na
plataforma Netflix.
Esse
thriller
narra
uma história surpreendente de um assassinato e a sua resolução,
que não é nada óbvia. A história acompanha Adrian Doria (Mario
Casas), um típico homem de sucesso: bom emprego, casado e com uma
filha. Por trás desse status,
Adrian matinha um caso extraconjugal com uma fotógrafa, chamada
Laura Vidal, a qual fora assassinada e o principal suspeito do crime
a ero seu, então, companheiro. Dessa
forma, ele contrata a melhor advogada de defesa da Espanha, Virginia
Goodman, para juntos formularem uma defesa capaz de comprovar a
inocência que ele alega ter.
A
direção e o roteiro assinados por Oriol Paulo são exemplos de um
excelente trabalho de construção de personagens femininas
misteriosas, além de mostrar como se deve prender a atenção do
espectador até a grande conclusão, preenchendo não apenas com uma,
mas com várias reviravoltas que se desenvolvem ao longo da trama
O
filme move-se por flashbacks, ludibriando o espectador sobre as
possibilidades do real acontecimento que levou ao assassinato da
amante de Adrian Doria, despertando, uma constante sensação de
dúvida e a ânsia por chegar ao fim do mistério que permeia toda a
trama.
Ademais,
um importante aspecto que chama a atenção diz respeito a relação
entre a advogada e o seu cliente. Envolta por uma narração
misteriosa, o espectador não sabe ao certo até onde vai a
sinceridade presente na conversação dos dois personagens, mas, ao
longo do filme, tudo vem à tona e tem um desenrolar emblemático.
Contratiempo
abusou, positivamente, de suas reviravoltas para chamar a atenção
do público. O resultado é excessivo, surpreendente, compulsivo,
flerta com o absurdo, mas sempre convincente, agradando boa parte
daqueles que se despuseram a assistir.
Carolina Fernandes do Nascimento
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