Capitão fantástico


 O filme estadunidense dirigido por Matt Ross, gira em torno de Ben (Viggo Mortensen) e seus 6 filhos, que vivem uma vida um tanto diferente dos moldes convencionais. Ben é um pai que criou os filhos num lugar remoto, no Pacífico Norte, longe da civilização moderna e de uma forma totalmente inesperada. As crianças aprendem idiomas, a legislação, a caçar e a lutar se necessário, para se defender. Mas uma situação inesperada surge e Ben e sua família são obrigados a voltar à cidade.


 Todos podem concluir que não será fácil esse reencontro com a civilização, o que faz com que algumas pessoas os tratem como insanos, até muitas vezes sem educação. Mas as comparações entre o “mundo” onde estão acostumados e o que verão não são necessariamente o problema. Os filhos de Ben mostram ter muita vantagem sobre os filhos que tiveram uma vida supostamente “normal” na cidade grande. O filme é uma história interessante que destaca a futilidade da tecnologia em alguns aspectos, além de mostrar que ter uma vida “normal” não necessariamente traz vantagem sobre aqueles que decidem por um estilo de vida diferente, que não é tradicional, segundo os ditames da sociedade em geral. Isso fica claro em uma das cenas que Ben chama sua filha mais nova e ela demonstra ter mais conhecimentos sobre o mundo do que as outras crianças maiores educadas em escolas tradicionais. Alguns diálogos são desconcertantes e não deixam de ser engraçados, apesar de temas importantes serem levantados no filme. 


Em suma Capitão Fantástico é um daqueles filmes que nos fazem questionar nosso modo de vida, nossas concepções de certo ou errado. Claro que devemos destacar que o diretor usa de uma forma utópica o modo de vida de uma família se ela fosse criada longe da civilização moderna. Entretanto o filme é bastante crítico com relação a vários fatores. Os valores, versões de histórias e culturas diferentes são colocados aqui. Passamos a questionar ao que damos valor e ao que estamos perdendo quando a família de Ben é nos apresentada, ao mesmo tempo, vemos que nenhuma forma de criação é perfeita, sempre haverá falhas e não existe o jeito certo ou errado de criar alguém, afinal cada pessoa possui sua particularidade do mundo.

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