Cinema Paradiso (1988)


 O Drama de 1988 “Cinema Paradiso” consiste em uma celebração da vida por meio das lentes da 7ª arte. Considerado por muitos críticos a maior declaração de amor ao Cinema, o filme nos conta a história de um cineasta crescido que ao saber da morte de Alfredo, amigo projecionista de Infância, que o mostrou da magia do cinema, relembra os momentos mais marcantes de sua vida. Esse trama trata acerca da importância do Direito à arte: a importância do chamado “cinema paradiso” na pequena cidade de Toto, o protagonista, sendo este, por muitas décadas, uma das únicas formas de entretenimento da cidadezinha.

 Entre risos e lágrimas, o telespectador é levado a entender a arte como um aspecto formador de seres humanos, Toto foi educado pelo Cinema, assim como nós somos ao vermos um filme tão rico em reflexões como este. O direito de lembrar, o direito de esquecer, de seguir os nossos sonhos e sobretudo o direito à catarse são elencados no filme com muita emoção, é o cinema fazendo um ode a sí mesmo e em seu estilo mais clássico o possível. É uma obra arrebatadora, a qual mostra de fato que, nas palavras de Ferreira Gullar, “a arte existe porque a vida não basta”. O direito à arte, apesar de ser hoje em dia por vezes elitizado, deve ser plural, alcançar todas as almas. A arte existe para nos fazer crescer em humanidade e em espírito, a arte educa, cria e fascina. 

Com o desenrolar do filme, tem-se a tristeza de se ver o cinema paradiso abandonado, sensação colocada propositalmente pelo diretor, entretanto, o presente deixado pelo então falecido Alfredo a Toto, sendo este várias cenas de beijos hollywoodianos antes censuradas da sala do cinema, mostra-nos a esperança de que a arte se reinventa e vive para sempre, se atualiza, e mesmo aquela de um tempo já passado vive eternamente no coração daqueles que a verdadeiramente apreciaram e com ela aprenderam e cresceram. 


Texto por: Isadora Medeiros 

Nenhum comentário:

Postar um comentário