A vida é uma festa


O filme conta a história de Miguel Rivera, um garoto de 12 anos de idade que sonha em ser o maior músico do México, tal qual seu ídolo Ernesto de la Cruz, que fez fama décadas atrás - antes de morrer de forma trágica. Não obstante, o impasse do filme se dá pelo fato de sua família ter banido a música de suas vidas há décadas atrás, tendo como atividade o ofício de sapateiros, sendo os mesmos renomados em sua cidade.
O enredo do filme começa a se tornar mais intenso no Día de Muertos, no qual os mexicanos celebram com festa a visita de seus entes passados, dessa forma, Miguel decide desafiar sua família em prol de seguir seu sonho e, após uma sucessão de eventos, acaba cruzando o limiar entre o mundo dos vivos e dos mortos. Nesse sentido, ele se encontra imerso em um  grande problema: precisa voltar até o amanhecer e, para isso, consegue a ajuda do Ernesto de la Cruz ( fato curioso que o mesmo ainda permanece um astro depois de morto), sendo que, caso não consiga voltar irá permanecer para sempre no mundo dos mortos.
Dessa forma, Miguel vai adquirir dois grandes aprendizados: correr atrás de um sonho tem um preço e que sua família, mesmo não o apoiando e com todos os defeitos ainda é muito importante. Somado a isso, ele descobre que,  morrer não é um problema em si, mas muito pior do que estar morto é ser esquecido por aqueles que se ama. 
Somado a isso, é premente destacar que, Viva: A Vida é uma Festa é um filme que faz um contraponto importante entre a valorização da tradição por parte da família Rivera, ao mesmo tempo em que aborda os costumes de uma cultura bastante forte e complexa como a mexicana. Dessa forma, torna-se notório que, o tema central do filme é a importância da família, seja daqueles membros que ainda estão vivos ou daqueles que já se foram, não obstante, o filme em momento algum  retrata um culto aos mortos, mas sim uma celebração da família para que, uma vez vivos, possamos valorizá-los como se deve e reconhecer como ela ( a família) nos molda e nos dá suporte para nos tornarmos quem realmente somos.


Rayssa A. Ferreira
Membro Cinelegis

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