OfiCine III

A terceira edição da OfiCine está chegando!!! No dia 11/05/2017, durante o período noturno, receberemos o professor Fábio Ataíde para discutir o que leva atores de filmes com temáticas pautadas na criminalidade a seguirem caminhos semelhantes aos de seus personagens.
As vagas são limitadas e as inscrições vão até 28/04/2017.
Inscreva-se pelo site: https://seminario.ccsa.ufrn.br/

Na década de 80, o diretor Hector Babenco presenteou o cinema nacional com “Pixote: a lei do mais fraco”. A obra mostrava as entranhas de vidas marginalizadas e inaugurava uma lista de filmes voltados para questões sociais. Entre esses, sem dúvida, o de maior destaque foi “Cidade de Deus”, que conseguiu exportar a imagem do “Zé Pequeno”, tornando-o conhecido no mundo inteiro. Para empregar maior realismo, a direção de ambos os filmes utilizou a mesma estratégia, que consistia em recrutar o elenco nas comunidades dos grandes centros brasileiros. Contudo, a escolha de amadores favoreceu uma associação negativa na relação ator/personagem, de modo que desvincular a própria imagem da figura do “traficante” ou do “menor em conflito com a lei”, exibido repetidamente nos cinemas, tornou-se uma dificuldade compreendida pelo efeito “pós-sucesso”. Diante disso, questionamos se o Cinema pode dedicar-se exclusivamente ao entretenimento, abstendo-se da responsabilidade social de assegurar uma vida digna aos atores no período que sucede o estrelato.

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