Resenha: Where To Invade Next

Where to Invade Next é um recente documentário, dirigido em 2015 por Michael Moore – conhecido por Shooting in Columbine e Fahrenheit 11. Gira em torno de comparações entre a experiência de vida norte-americana em seus mais diversos setores capazes de refletir na qualidade de vida dos cidadãos. O parâmetro utilizado são outros países, especialmente europeus. Capaz de despertar profundas reflexões a todo aquele que assiste, detém um tom profundamente crítico e um espírito debochado.

Partindo do seu nome sugestivo, já sentimos uma acidez que evidencia o propósito da película. Muito bem dirigida, ela nos irá levar em diferentes ambientes do mundo, discutindo temas relevantes como a qualidade das universidades públicas e o seu modelo ideal, direitos trabalhistas (tratando dos tópicos das horas de trabalho e direito de férias, além da satisfação dos empregados), a descriminalização das drogas, alimentação nas escolas e o formato de abordagem do ensino médio. A viagem propiciada nos mostra a situação de países como a Eslovênia, Alemanha, Itália, França e Finlândia, países nos quais será fincada a bandeira do Tio Sam (conhecido pelo seu quê imperialista), mas de maneira positiva – é chamada atenção para a possibilidade de se melhorar partindo de outros bons exemplos.

Para além do enfoque nos Estados Unidos, Where to Invade Next traz uma boa dose de inspiração a todo aquele interessado no direito comparado. Sabidas as grandes dificuldades sociais que o Brasil tem passado, o documentário desperta para a vontade de modificação das estruturas de nossas políticas. Sem dúvidas, tem um forte impacto.

Fernanda Martins

5º Período/Direito – UFRN
Membro do CineLegis em 2016/2017