segunda-feira, 26 de outubro de 2020


Com muita satisfação, apresentamos o resultado do Processo Seletivo!

Agradecemos aos estudantes que tiveram interesse em participar e todos que contribuíram para o alcance cada vez maior das nossas redes sociais.

Aos não selecionados e aqueles que não puderam comparecer, encorajamos a buscar as demais iniciativas do curso, bem como a se inscrever novamente nos próximos processos seletivos do Cine. 

Esperamos que cada membro da nova gestão contribua com a construção de um espaço cada vez mais receptivo ao estudo interdisciplinar entre Direito e arte dentro do ambiente acadêmico, e que, como estudantes, possam expandir essa conquista às demais áreas da sociedade.

Segue abaixo a lista de selecionados para a Gestão:


Alba Angélica F. A. Ratis da Paz

Gabriel Geonimo de França Xavier

Isadora Meira Lima Gonçalves de Medeiros

Jéssica Tayná França dos Santos

João Sanches Bellini 

Lívia Caroline Lima de Oliveira

Zelda Maria dos Santos Miranda Lopes

domingo, 18 de outubro de 2020

Enola Holmes e o lugar da mulher

 Enola Holmes e o lugar da mulher




Confesso que comecei a assistir o filme com curiosidade por ser o “filme da

irmã do Sherlock Holmes” e me surpreendi. Ambientado na Inglaterra de 1884, um

momento histórico de mudanças, afinal a discussão em torno das reformas políticas

ganharam força, o filme trata da busca de Enola Holmes por sua mãe, Eudoria, que

desapareceu. Embora muitos acreditem que ela abandonou a filha por uma aventura

qualquer, a menina tem fé que existe algo maior por trás do desaparecimento da mãe e

passa a investigá-lo.


Eudoria e Enola sempre foram muito próximas, e aquela escolheu educar a filha

de uma forma diferente: ensinou artes maciais, leitura de obras políticas, química e

resolução de anagramas. Isso é no mínimo interessante se formos comparar com a

educação inglesa tradicional da época, que consistia em ensinar as meninas a se

tornarem ladys, por meio do ensino de bordado e da arte de cozinhar. Por isso, quando

Eudoria some e a educaçã de Enola é entregue ao seu irmão, Mycroft Holmes, um

conservador, sua primeira providência é enviá-la a um colégio interno tradicional.


Diversa vezes durante o filme somos apresentados a um universo de luta

feminina interessantíssimo que Eudoria estava inserida. Ela fazia parte de uma

sociedade secreta que era composta por sufragistas, pois o voto feminino na Inglaterra

só foi autorizado, a princípio, em 1918 e apenas em 1928 as mulheres alcançaram os

mesmos direitos que os homens, podendo votar e concorrer a uma vaga no parlamento.

As reuniões eram na casa que ela morava com Enola e eram proibidas. Mais tarde,

descobrimos que um dos motivos dela ter partido foi o desejo de mudar a conjuntura

atual das coisas, para que Enola não tivesse que ter um futuro designado por esse

mundo.


Por fim, o papel masculino no filme serve também para trazer uma reflexão

sobre como as decisões políticas da época (e mesmo as de hoje) podem ser motivadas

por interesses, seja qual for a espécie. Inclusive, em uma cena que o Sherlock está

conversando com uma das integrantes da sociedade secreta ele fala da luta como algo

entendiante e revela que não se interessa por política, ela então lhe diz: “Política não te

interessa porque você não se interessa em mudar um mundo que está bom para você.”

Assim, vale a pena assistir Enola Holmes não só pela história de mistério ao

mesmo tempo leve e densa, mas também por todos os detalhes que tangenciam o

enredo. Ah, o filme também derruba a quarta parede, pois a personagem principal fala

sobre os seus planos de investigação e de sua vida diretamente para a câmera, fazendo

com que o espectador se sinta dentro da história.


Mirella Santos

sábado, 10 de outubro de 2020

Edital - Seleção de Novos Membros

 

EDITAL DE SELEÇÃO 2020

O Cine Legis torna pública a abertura das inscrições para o processo seletivo de colaboradores voluntários que desenvolverão as atividades da Gestão 2020.

I Disposições Gerais

O Cine Legis é um Projeto de Ações Associadas que se liga aos departamentos de Direito da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), com a finalidade de promover o ensino popular social e juridicamente relevantes, levando-o a alunos do ensino médio, principalmente da rede pública, do Rio Grande do Norte. Para tanto, lança mão da linguagem audiovisual como instrumento motivador, buscando uma maior aproximação do público com o tema. Além disso, promove exibições de cinema, seguidas de debates voltados à comunidade acadêmica, com vistas a instigar a reflexão crítica sobre questões importantes da atualidade.

II Da inscrição

Art. 1.º Entre os dias 10 e 17 de outubro de 2020 estarão abertas as inscrições para composição do grupo de alunos colaboradores do Cine Legis em 2020. Serão selecionados 7 (sete) membros selecionados, sendo todos alunos de graduação de qualquer universidade ou faculdade de Natal/RN.

Art. 2.º Para participar da seleção, cada participante deverá preencher o formulário de inscrição no link:

(https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSd_dqB4qC2JH0bqhTSHX6IXYcbZWEvzEp2v8zRX-4YKsQwogA/viewform?usp=sf_link) até as 23h59 do dia 17 de outubro de 2020.

Art. 3.º Inscrições que não cumprirem as regras estabelecidas nos itens acima, ou não permitirem a perfeita identificação e localização dos participantes, não serão consideradas válidas, sendo eliminadas para fins de seleção.

Parágrafo único. O Organizador não arcará com qualquer responsabilidade por formulários de cadastramento ou respostas extraviadas(os), atrasadas(os) ou incompletas(os).

Art. 4.º Os candidatos que tiverem sua inscrição aceita serão posteriormente comunicados para participarem de entrevista VIRTUAL no dia 24 de outubro de 2020. (sábado).

III Da seleção

Art. 5.º A seleção será, em razão da pandemia do coronavírus, realizada virtualmente, por meio de plataforma Google Meet no dia 24.10.2020.

Art. 6.º A seleção será baseada nos seguintes critérios: disponibilidade de tempo, conhecimento e interesse pelo projeto, participação em eventos anteriores e nível de interesse pela pesquisa acadêmica.

Art. 7.º A comissão avaliadora será composta pelos atuais participantes do Cine Legis.

IV Do resultado

Art. 8.º O resultado final será divulgado até o dia 26 de outubro de 2020, por meio dos seguintes veículos: a. Blog do Cine Legis (http://cinelegisufrn.blogspot.com); b. Facebook do Cine Legis; c. Instagram do Cinelegis; d. E-mail dos selecionados.

V Disposições finais

Art. 9.º O processo seletivo terá validade de 6 (seis) meses, podendo ser prorrogado por igual período.

Art. 10.º O projeto Cine Legis reserva o direito de decidir sobre casos omissos neste Edital.

Art. 11.º Eventuais dúvidas poderão ser enviadas para o e-mail cinelegis@gmail.com.


Natal, 04 outubro de 2020.

Projeto Cine Legis.

quinta-feira, 8 de outubro de 2020

Doze Homens e uma Sentença

    O filme desenvolve-se no cenário de um tribunal do júri Norte-americano, no qual
doze personagens de distintas personalidades compõem o júri responsável por dar o
veredito a respeito da culpabilidade ( conduzindo o réu à pena de morte ) ou inocência de
um jovem de 18 anos que está sendo julgado pelo assassinato do pai depois de uma briga.
Logo no início, o juiz orienta os jurados sobre a enorme responsabilidade que está recaindo
sobre eles, apresentando uma regra básica : somente no caso de certeza absoluta
(unanimidade) os jurados deveriam condenar ou inocentar o réu, ou seja, em caso de
dúvida ou discordância , os jurados deveriam votar pela absolvição, manifestando assim, o
principio de presunção da inocência . Inicialmente, ocorre uma votação para verificar quem
considerava o acusado culpado ou inocente, dos doze jurados, onze votaram pela
condenação e, apenas um optou pela inocência, enfatizando que, ele não tinha certeza da
inocência do réu, mas que também não estava convicto a respeito de sua culpa. Baseado
nisso, o mesmo inicia uma discussão dialética a respeito dos pontos não esclarecidos do
caso, tentando convencer os demais jurados de que as evidências de autoria, apresentadas
pela promotoria, poderiam não ser tão irrefutáveis e objetivas quanto pareciam no início.
    Nesse sentido, aos poucos os demais jurados começam a refletir sobre seus
próprios votos ,deixando de lado preconceitos que poderiam corromper o julgamento e a
cada rodada de votação, ao mesmo tempo em que ia sendo ampliada a contagem dos
votos de “inocente. Dessa forma, pode-se dizer que, um dos pontos pertinentes que se
pode extrair do filme é o relacionado à questão da fragilidade da justiça e sua necessária
imparcialidade, uma vez que, a sociedade, sendo composta de homens (cada qual com
seus pontos de vista pessoais)representa uma junção de preconceitos, opiniões e valores.
Sendo assim, a justiça, como parte do meio social, muitas vezes acaba por refletir
estereótipos dos quais deveria abster-se a fim de respeitar e manter imparcialidade
jurisdicional, que, na realidade, representa a própria essência da justiça. Ainda a respeito
da dinâmica do filme, é interessante notar que, em nenhum momento são colocadas cenas
em flashback do crime, ou seja, como ninguém daquela sala presenciou o assassinato, o
espectador também fica sem aquela informação, sendo assim, o telespectador se
transforma em um 13º jurado, podendo tirar suas próprias conclusões do caso e mudando
(ou não) de lado assim que a história progride.

 Rayssa Alves 

Membra CineLegis